quinta-feira, 24 de maio de 2012

Rio e São Paulo no Veta, Dilma.

Rio de Janeiro



A discussão em torno do Código Florestal se arrasta há mais de 10 anos. A necessidade de revisão surgiu diante do descumprimento constante das normas previstas e da impunidade recorrente em relação a crimes ambientais. A nova versão do código, aprovada pelo Senado e pela Câmara dos Deputados, supostamente abre fronteiras para o crescimento da agricultura brasileira, sob a alegação de que não mais existem terras suficientes para as culturas. O argumento já foi derrubado por ambientalistas e pesquisadores, que consideram o texto um potencial causador de tragédias ambientais, se entrar em vigor.



Por conta do novo Código, na manhã desta terça-feira (22), o Largo da Carioca ficou mais verde. Um flashmob chamou atenção de quem passava pelo local e mobilizou dezenas de pessoas a favor do Veta, Dilma. Mudas de plantas florestais foram distribuídas e informações sobre a importância do veto foram repassadas aos presentes. Várias personalidades e políticos participaram do evento, o ex-ministro da casa civil do Governo Lula Marcelo Sereno participou do ato, conversou com as pessoas sobre a visão ruralista do novo Código e reiterou sua posição favorável ao veto.



“Não podemos compactuar e nem esperar que a presidente compactue com esse código que será o precursor de grandes desastres. Sob a desculpa do progresso, abriremos precedentes para um desmatamento desenfreado e o desaparecimento de áreas importantíssimas para o nosso ecossistema, como a região do Pantanal. Além disso, anistiar multas de crimes ambientais cometidos, mesmo que há mais de 4 anos, é reforçar ainda mais a impunidade ao invés de combatê-la. Por isso, veta, Dilma”, afirmou.


A presidenta Dilma Rousseff tem até amanhã 25 de maio para vetar, total ou parcialmente, o novo Código. Enquanto a decisão não é anunciada, a população continua se organizando para fazer valer a voz de um país que sabe crescer e preservar a suas riquezas naturais.


São Paulo - Cerca de 1,5 mil pessoas se reuniram, na manhã deste domingo (20), em frente ao Monumento das Bandeiras, nas proximidades do Parque do Ibirapuera, na zona sul de São Paulo, em um ato público a favor do veto ao novo Código Florestal.



O ato público com o tema #VetaTudoDilma pediu que a presidente Dilma Rousseff recuse a sanção do novo Código Florestal, que foi aprovado na Câmara no dia 25 de abril. Esta foi uma das últimas manifestações pela proibição do código, porque na próxima sexta-feira (25), Dilma terá de decidir vetar ou aprovar, seja totalmente ou parcialmente, o Código Florestal.


De acordo com informações da Polícia Militar, o ato foi pacífico e terminou por volta das 13 horas, após o grupo ter feito uma passeata nos entornos do Parque do Ibirapuera.


A mobilização foi realizada pela Fundação SOS Mata Atlântica, com apoio dos comitês em Defesa das Florestas nacional e paulista, coalizões formadas por centenas de organizações da sociedade civil brasileira.




Segundo informações do diretor de Políticas Públicas da Fundação SOS Mata Atlântica, Mario Mantovani, a aprovação do Código Florestal vai na contramão da opinião pública. "Chegamos a 1,8 milhão de assinaturas contrárias a esta aprovação. Portanto, a mobilização não é geograficamente localizada, é uma campanha nacional e internacional, uma atitude de cidadania."


O movimento contrário ao texto aprovado pela Câmara, no fim de abril, ganhou corpo nas redes sociais e, em maio, ganhou apoio de globais como a atriz Camila Pitanga, o ator Vitor Fasano, o ator e jornalista Wagner Moura, entre outros.


Estudantes de Biologia e Professores da AEDB estavam presentes neste grande evento.


Matéria Rio: Blog do Marcelo Sereno.

Matéria São Paulo: Agência Estado.


Nenhum comentário:

Postar um comentário