Obama é reeleito Presidente dos EUA, por volta das 3:00
hs desta quarta-feira os noticiários do mundo anunciam
que Obama já tinha 274 dos 270 delegados que presisa para ser eleito.
hs desta quarta-feira os noticiários do mundo anunciam
que Obama já tinha 274 dos 270 delegados que presisa para ser eleito.
A reeleição do presidente Barack Obama nos Estados Unidos representa continuidade nas relações com o Brasil, que, para analistas, estão mais maduras e continuarão a 'se adensar'.
Embora não houvesse um posicionamento oficial, analistas afirmam que o governo da presidente Dilma Rousseff preferia a permanência de Obama, por já ter uma relação estabelecida com a Casa Branca.
A própria presidente já havia dado indícios de sua preferência em encontro com o presidente em Washington, em abril deste ano. Ao saudar as melhorias ocorridas em seu mandato, desejou que Obama continuasse na Presidência 'nos próximos meses e anos'.
Especialistas ouvidos pela BBC Brasil foram unânimes em dizer que qualquer resultado da eleição, seja a favor de Obama ou do rival republicano Mitt Romney, não alteraria a ligação com o Brasil.
'A relação Brasil-EUA está se adensando cada vez mais, não só no nível do governo, mas entre as empresas, organizações da sociedade civil, cidadãos, turistas indo para os dois lados', considera Geraldo Zahran, coordenador do Observatório Político dos Estados Unidos (Opeu).
'Essas relações estão ficando cada vez mais independentes do governo, não importa quem esteja no governo em Brasília ou em Washington.'
'Não muda nada, porque a relação é basicamente na área econômica e comercial, e nessa área não existe uma separação entre a plataforma republicana e democrata', afirma Rubens Barbosa, que foi embaixador do Brasil nos EUA entre 1999 e 2004.
Parceria comercial
Os Estados Unidos são hoje o segundo maior parceiro comercial do Brasil, tendo sido ultrapassados pela China nas importações e exportações brasileiras.
Enquanto o posicionamento de Obama já é mais familiar ao governo brasileiro, porém, havia uma preocupação com caminhos que poderiam ser tomados por Romney na política externa, caso adotasse uma atitude mais agressiva e menos voltada ao diálogo que Obama, e na economia.
Embora a promessa de Romney de investir mais na América Latina e a tendência do partido republicano de ser menos protecionista pudessem soar atraentes ao governo brasileiro, Marcelo Zorovich afirma que uma agenda econômica mais voltada para o liberalismo seria motivo de preocupação.
'O mundo está passando por um momento de aperto e o governo Obama tem tomado medidas para regulamentar o mercado. Havia indícios de que o governo republicano favorecesse o livre comércio, com menos regulação de mercado', diz o professor de Relações Internacionais na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).
Para Geraldo Zahran, o discurso de Romney sobre a disposição em investir mais na América Latina era uma forma de fazer um agrado à grande população latina residente nos EUA, já que ele não faria concessões em sua política sobre imigração.
'O Obama promoveu muito o comércio com a América Latina, fechou acordos de livre comércio com países como a Colômbia. Isso já está na pauta do presidente', considera Zahran.
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